sexta-feira, 25 de maio de 2018

As pessoas são bem mais do que pensamos. Ou do que queremos delas...

Tratamos as pessoas da mesma forma como fazemos com as canecas! 

A dificuldades que muitos têm em manter firme um relacionamento pode ser explicado de várias maneiras. Mas uma, em especial, considero de extrema valia. Não quero me colocar na condição de terapeuta, psicólogo ou alguém da área da mente. No entanto, pelas muitas observações feitas ao longo da vida e, claro, através de minha própria experiência, posso dizer: as pessoas, na maioria das vezes, nos são como meros objetos.

Para isso, posso fazer uma analogia até simplória, mas que traduz muito. As pessoas são como canecas. Pense comigo. Elas ficam à nossa mesa, na estante ou no armário da cozinha. Muitas são bonitas, trazem um design interessante. As escolhemos por algo que nelas nos atraiu. Um desenho, uma frase legal. Ou somente por pura necessidade. O que acontece é que, após utilizarmos, elas ficam ali, no canto delas. Até que a gente precise delas novamente. 

Você pode estar indagando “Claro, a função delas é essa mesmo!”. O problema é que fazemos exatamente com as pessoas à nossa volta. O rapaz se aproxima da moça bonita não para ter uma boa conversa, para firmar uma amizade, para entende-la ou oferece-la um ombro amigo quando ela sentir-se frágil e abalado por algo. Pelo contrário. Ele a busca apenas para ter algo a mais. O que ela sente ou deixa de sentir, não importa. 

Da mesma forma, uma menina se aproxima de outra apenas porque esta é financeiramente mais estável, conhece boas pessoas, ou porque simplesmente pode parcelar boas compras com seu crédito. Logo, uma vê que a outra é apenas um trampolim para sua ascensão social ou financeira. Sei lá, tô confabulando! Quando cada um atinge seu objetivo, as demais pessoas não são mais necessárias. São deixadas de lado até que voltemos a precisar delas. Igual fazemos com a caneca.  
  
Nossas mães têm uma expressão que traduz bem isso. Olhamos apenas para o nosso próprio umbigo. Os sentimentos alheios pouco importam. Suas dores, dificuldades, decepções. Nada! Quando se tratam dos nossos problemas queremos ser ouvidos, mas nunca retribuímos a gentileza. É aí que precisamos nos atentar. 

Não custa nada conversar com alguém, descobrir o que ela tem de valor de forma que não gere interesse algum. Apenas vislumbre suas qualidades, sua forma de pensar, o modo como fala, sorri ou gesticula. Entenda seus pensamentos, sua visão de mundo. Bate com o seu? Ok. Não bate? Siga em frente na conversa. As pessoas são bem mais do que pensamos ou imaginamos. Mais do que queremos delas... 





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