terça-feira, 9 de outubro de 2018

Vale a pena odiar?


É impossível agradar a todas as pessoas ou receber aceitação de todos os que nós conhecemos (e também de quem desconhecemos). O ser humano é estranho até que alguém pare para tentar compreendê-lo. Todos nós somos, em certo ponto, anormais. Mas isso nos dá o direito de odiar quem pensa ou age diferente de nós?


Temos pouco mais de 7,6 bilhões de pessoas em todo o mundo. Nesse universo todo de cabeças pensantes (outras, nem tanto), haverá quem concorde com nossas falas. Outros vão sorrir, ao saber das músicas que gostamos, chegando a cantarolar algumas melodias das mesmas. E é bem possível que alguém ria de nossas piadas, até mesmo as mais sem graça. 

Mas, com toda a certeza, haverá uma enxurrada de gente que não fará nenhuma das coisas acima. Vão achar que somos loucos, por conta das coisas que acreditamos. Vão achar nossa play-list um saco e fazer cara de paisagem ao nos esforçarmos para que gargalhem com nossas piadas mal contadas. Unanimidade é quase impossível quando se há tantas pessoas diferentes de nós em diversos aspectos. 

Logo, vem a questão: pensar do jeito que pensamos ou agir do modo que agimos nos faz superior a quem não procede da mesma forma? Devo ter ojeriza por quem ouve música eletrônica somente porque curto jazz ou polka? Ou então, quem prefere dias na praia deve ser excluído do meu roll de amigos apenas por que prefiro ficar em casa o dia todo lendo ou vendo TV?


Podemos aprender muito sobre as pessoas que são nos diferentes. Podemos até não fazer parte do mesmo “universo” em que vivem. Podemos não fazer as mesmas coisas que elas fazem. Mas podemos muito bem admirar, apreciar e tomar alguma lição daquilo que elas acreditam. Pode ser que, no fim das coisas, o estranho nessa história, o tempo todo, era você mesmo. 



Nenhum comentário:

Postar um comentário